quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"NA ALEGRIA OU NA TRISTEZA"

Em 1º de setembro de 1910, alguns trabalhadores decidiram fundar um time de futebol. Reuniram-se à luz do lampião de uma confeitaria no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. “Vai ser o time do povo e o povo vai fazer esse time”, profetizou o primeiro presidente, Miguel Bataglia. Cem anos depois, é um dos clubes mais populares do futebol brasileiro. Sport Club Corinthians Paulista. Saído da Várzea do Carmo, superou o preconceito da elite paulistana e venceu os “times dos ricos”. Levou o povo aos estádios e, com um magnetismo inexplicável, atrai milhões de adeptos cuja fidelidade é inquestionável e aumenta nos momentos em que o time passa por mais dificuldades. “O Corinthians é o símbolo da esperança”, disse Dom Paulo Evaristo Arns, que até escreveu um livro: “Corinthiano, graças a Deus”. Mais do que isso, o Corinthians é o retrato do Brasil, que sofre, mas encontra motivos para rir; que chora, mas enxuga as lágrimas e segue; que envergonha-se ao cair, mas orgulha-se ao levantar. O que é ser corintiano? O cantor e compositor Toquinho talvez tenha a melhor definição: “ser corintiano é ir além de ser ou não ser o primeiro. Ser corintiano é ser também um pouco mais brasileiro”.